Com o início de um novo ano, vem a esperança de que tudo será melhor. Muitas pessoas propõem-se a cumprir alguns “sonhos” como, por exemplo, ter um carro novo, ter um corpo perfeito, ter mais status, mas repetindo a mesma atitude e o mesmo comportamento do ano anterior. Quando chega o fim do ano, e os “sonhos” não se concretizaram, começam a ouvir-se justificações “Se eu tivesse ganho o euromilhões… Se eu tivesse feito mais exercício físico… etc.”
Mas atenção, não há mal nenhum em sonhar! Pelo contrário, é ótimo sonhar!!! Contudo, para alcançar os seus sonhos, tem de definir prazos, tem de saber para onde quer ir. No fundo, tem de saber o que quer ser! Antes de “ter” alguma coisa, é preciso “ser” alguém. Se procura tornar-se um profissional e um ser humano melhor, e faz o seu trabalho com amor e paixão, o ter vem por arrasto. Se procura a felicidade no seu status, a vida tornar-se-á fútil e não tardará em sentir-se frustrado. É a auto-realização que o gratifica e não o status. É importante sentir que, dia após dia, aprende algo, que cresce e se sente bem na sua pele. Quando isso não acontece, é sinal que está na hora de mudar. Mas, mudar não é fácil. É sair da sua zona de conforto, é caminhar na insegurança, é trazer todos os seus medos à tona. É preciso ter coragem para mudar, crescer e estar aberto às mudanças. Mas, a partir do momento em que saiba responder à pergunta “O que eu quero ser, o que eu escolho ser?” e que encontre o sentido para a sua vida, todo o caminho ficará mais claro e passará a olhar para si com outros olhos, com mais amor e respeito. A felicidade vem do que você é e não do que você tem. Aproveite este novo ano para se reencontrar, para ser o que sempre sonhou!
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O Natal está a chegar… tempo de ternura, amor, união… ou tempo de compras desenfreadas? Os supermercados e os centros comerciais estão cheios, as pessoas amontoam-se à procura dos últimos presentes, do melhor manjar para a ceia de Natal… pois, tudo tem que estar perfeito. Será então, que usufruímos do verdadeiro sentido do Natal?
Isto fez-me lembrar uma passagem do livro sobre a vida e obra de João dos Santos (neuropsiquiatra e psicanalista), em que ele afirma e passo a citar: “Quando vejo a lufa-lufa dos pais, dos tios, dos avós e de todos os demais que, à última da hora das vésperas do Natal, se lançam no mercado dos brinquedos de série e das bugigangas de plástico, a comprar “n’importe quoi” para pôr no sapatinho das crianças…, não posso deixar de, mais uma vez, me enternecer com a memória da prima Amélia que, durante o ano inteiro, fabricava os presentes que no Natal distribuía por toda a família(…) as obras da prima Amélia eram tidas, pelas crianças da família, como valiosas e dignas de serem conservadas e admiradas. Se os pais, os tios e os avós usassem da sua capacidade inventiva e criadora para fazer brinquedos para os filhos, os sobrinhos e os netos, se as escolas fossem oficinas onde a criatividade tivesse um papel primordial - mesmo para ensinar a leitura e as contas -, as crianças trariam consigo e dentro de si mais objectos de amor, para se protegerem na vida(…).”(CARVALHO E BRANCO, 2000) Hoje em dia, pela falta de tempo, pela pressão da publicidade, temos tendência em comprar já tudo feito, as decorações de Natal, os enfeites, o presépio, os sonhos, as rabanadas… pouco ou nada é feito com e pelas crianças. Exigimos tanto de nós o ano inteiro, e nesta quadra não é exceção, que nos esquecemos dos pequenos prazeres da vida. Fazer em conjunto é partilhar momentos e memórias que jamais se esquecerão. É tão mais bonita uma árvore de Natal decorada com anjinhos e sininhos de papel, um presépio feito com rolos de papel higiénico… algo que pode ser feito com e pelas crianças. Os tais momentos de partilha e memórias que jamais se desgastam ou estragam com o tempo. Festas felizes para todos! |
Autora
Magda Gabriel Arquivos
April 2020
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