Situações de stress podem acontecer a qualquer um de nós e em qualquer circunstância. O que muda, é a forma como as enfrentamos. Segundo a Programação Neurolinguística podemos escolher como queremos sentir-nos, em qualquer situação. Para isso basta motivação para nos tranquilizarmos.
O exercício que apresento a seguir, vai permitir colocares-te numa outra posição, de forma a encontrares os recursos e ferramentas necessárias para fazeres face a situações de stress futuras. Para este exercício precisas estar de pé e ter algum espaço para te movimentares. Se necessário, no início, pede a alguém para ler à medida que praticas. Visualiza três espaços em que um é o PRESENTE, outro o NEUTRO e finalmente, o OBSERVADOR.
Bom treino!
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Quem já não se sentiu à beira de um ataque de nervos? Quando o stress aperta e tudo parece correr mal quem já não teve vontade de dar um berro, de discutir com alguém… mas depois a calma regressa e tudo não passou de um mau momento. Até aqui tudo bem! O problema surge quando isso se torna no dia-a-dia e nem nós, nem os outros à nossa volta entendem o motivo da nossa raiva, da nossa impulsividade e do humor em constante mudança.
É o que acontece a quem sofre de perturbação da personalidade borderline. Para o borderline quase tudo é instável: as suas relações, o seu humor, o seu pensamento, comportamento e até a sua identidade. É uma forma assustadora e dolorosa de viver. A maioria das relações amorosas é intensa, mas instável. Apaixonam-se rapidamente acreditando que cada nova pessoa é a tal e que irão finalmente sentir-se preenchidos, mas facilmente se desapontam. As relações ou são perfeitas ou são más, não há meio-termo. Tudo é preto ou branco. Quando a rutura surge, vem a desvalorização, a raiva e o ódio. Há um sentimento crónico de vazio e num extremo podem mesmo sentir que não são nada, nem ninguém. As suas emoções e o seu humor mudam constantemente vivendo episódios de tristeza extrema, raiva e ansiedade. Ao nível da identidade existe uma perturbação, fazendo com que umas vezes se sintam bem consigo próprios, e outras se odeiem. Por vezes, não têm uma ideia clara de quem são e do que querem para a sua vida. Mudam assim frequentemente de objetivos, de gostos, de emprego, de amigos e até de relações amorosas. No trabalho, o borderline pode funcionar bem (desde que o ambiente seja bem estruturado), mas outras vezes pode ser percecionado como “estranho” ou “excêntrico”. Pode ter tendência para se isolar e evitar o contacto com os colegas. Estes por seu lado, deverão evitar brincadeiras e usar o humor pois, facilmente serão alvo de má interpretação. Após algum tempo, quem convive de perto com uma pessoa com patologia borderline, irá aperceber-se que comportamentos imprevisíveis são muito comuns, nomeadamente explosões de raiva. Surgem normalmente sem aviso e de uma forma desproporcionada, sendo assustadoras e incompreensíveis. Como muitas vezes, a sua raiva não é fundamentada é inútil discutir pois só iria piorar a situação. É preferível tentar relaxar e permanecer calmo. Algo também extremamente frustrante para quem convive com um borderline, são os comportamentos impulsivos particularmente se forem auto-destrutivos. Principalmente quando estão zangados, têm tendência em envolver-se em comportamentos perigosos e impulsivos nomeadamente, gastar mais dinheiro do que têm, recorrer a drogas ou álcool, conduzir de forma imprudente, praticar sexo sem proteção, etc.. Poderão também surgir pensamentos e comportamentos suicidas. A perturbação da personalidade borderline é uma patologia que traz muito sofrimento ao próprio, aos seus familiares e amigos e não deve ser de todo negligenciada. Muitas vezes, ainda hoje, estas pessoas são “rotuladas” de mimadas, embirrentas, caprichosas quando no fundo, sofrem tanto por dentro. Divulguem esta doença! Hoje em dia fala-se muito sobre inteligência emocional mas até que ponto está desperto para o quanto ela pode ser benéfica no seu dia-a-dia, no seu trabalho, com a sua família e amigos?
O que é a inteligência emocional? É a aptidão para identificar, compreender, reconhecer e lidar com as emoções (em si próprio e nos outros) de forma positiva para aliviar o stress, comunicar de forma adequada, empatizar com os outros e ultrapassar desafios. Pessoas com elevada inteligência emocional tendem a ser melhores líderes, pois conseguem estabelecer empatia e compreender as necessidades e os pontos de vistas das pessoas com quem trabalham. Também tendem a ser melhores colegas pois fazem os outros sentirem-se bem, ao contrário das pessoas que facilmente se zangam e que estão sempre a resmungar com tudo e com todos. Segundo Daniel Goleman existem 5 atributos que definem as pessoas com inteligência emocional:
Em que é que a falta de inteligência emocional o pode afetar?
Como pode desenvolver a sua inteligência emocional? Em primeiro lugar, é preciso estar consciente das suas emoções. Quando algo o incomoda é natural tentar distrair-se com outra coisa, para não pensar mais nisso. Contudo, só irá entender as suas emoções e como elas influenciam os seus pensamentos e atitudes, quando se permitir pensar e conectar com as suas emoções. Dedique mais tempo para si e sem julgar o que está a sentir, dê-se ao direito de experimentar sentimentos de raiva, tristeza, medo ou alegria. Ouça também o seu corpo pois, ele é um bom indicador de como se sente (aquele nó no estômago que pode ser sinal de stress, o aperto no coração que pode-lhe mostrar que está mais ansioso ou o frio na barriga que pode indicar alegria e prazer). Após tomar consciência das suas emoções é altura de decidir como se comportar. Se se permitir sentir as suas emoções poderá gerir melhor o seu stress e quando algo correr pior, será capaz de controlar os seus sentimentos e deixar de agir de forma intempestiva e impulsiva. Para desenvolver a sua inteligência emocional é igualmente importante estar mais aberto aos outros e a diferentes pontos de vista. Uma maior consciência social permite-lhe ouvir os outros e compreender o que estão a sentir. Isto permite-lhe lidar com os conflitos com muito menos ansiedade e com mais confiança. Não deixe também de tentar perceber qual é o sentimento que gera nas pessoas e para tal, peça ajuda aos seus amigos e familiares (como é que eles o vêm). Viver bem e em comunidade é um processo que se inicia com a consciência emocional e com a aptidão de reconhecer e entender-nos a nós próprios e aos outros. Nunca deixe para segundo plano as suas emoções, pois aquilo que não se pensa mais tarde age-se o que na maioria das vezes, cria conflitos e discussões desnecessárias. |
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Magda Gabriel Arquivos
April 2020
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