MAGDA GABRIEL Psicologia Clínica, Terapia E.M.D.R. e P.N.L.
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Não há crianças difíceis

16/11/2017

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Estão as crianças cada vez mais difíceis ou têm os adultos menos tempo e disponibilidade para escutá-las?
Entre corredores das escolas, salas de aula, recantos de uma casa de família ouvem-se as queixas de adultos que não sabem mais como lidar com as crianças, que estas “não ouvem” o que lhes é dito para fazer, que não respeitam, que querem fazer tudo à sua maneira…
Estarão as nossas crianças a tornarem-se difíceis?
Não me parece! Cada idade tem o seu desafio, mas também o seu encanto.
Então, o que se passa?
É verdade que gostamos de ser ouvidos, respeitados e que falem connosco com bons modos. Então, porque não fazemos o mesmo com as nossas crianças (filhos, alunos)? Por exemplo, por vezes não nos apetece jantar e não jantamos, mas obrigamos as nossas crianças a comer tudo, mesmo quando dizem que não têm fome. Quando não queremos ir logo para a cama não vamos, mas os nossos filhos têm de se deitar à hora, senão “já estão a testar os limites”. Quantas vezes acontece não termos vontade de ir trabalhar, de ficar mais um pouco na cama? Mas se uma criança diz que não lhe apetece ir à escola, já é preguiçosa e “se continuas assim não vais ser ninguém na vida”.
Nós adultos estamos cheios de ideias pré-concebidas, do que é ser bom pai ou boa mãe, bom professor(a)/educador(a). Hoje em dia, há tanta informação em livros e na internet de métodos para educar e ensinar as crianças, mas de que serve tudo isso se só usamos a nossa cabeça?
Quando deixámos de escutar verdadeiramente o nosso coração?
Muitas vezes, a criança só precisa de ser ouvida, de um abraço, de um sorriso, de um “está tudo bem” e não de um cobrar constante do que não fez e devia ter feito.
Estamos numa era da informação e da “perfeição” em que todos tentamos corresponder ao ideal de educador, professor, pai/mãe, mas nunca fomos tão despidos de nós próprios, da nossa essência e da nossa intuição.
O que fazer agora?
Em primeiro lugar, é preciso pararmos e escutar-nos a nós mesmos. O que eu quero transmitir ao meu filho/aluno? Que, se não faz o que eu digo, é válido gritar e ficar de castigo? Que deve frequentar certas atividades só porque o pai/mãe não teve oportunidade de o fazer quando era criança? A verdade é que deixámos de nos escutar e de escutar os outros, mas exigimos às crianças que o façam. Pensamos demasiado com a cabeça e pouco com o coração e a prova disso, é o arrependimento no final do dia em que pensamos que se calhar exagerámos, que poderíamos ter tido mais calma.
Em segundo lugar, é preciso aceitarmos a nossa história. Sim, o(a) filho(a), aluno(a) que fomos, influencia o que transmitimos às crianças. Quando somos crianças pensamos que um dia quando crescermos não iremos fazer aos nossos filhos, o que nos fizeram a nós, mas quando damos por isso já estamos a repetir. Algo que acontece com alguma frequência, é os pais inscreverem os filhos em atividades que gostariam de ter tido em criança, mas esse é o sonho dos filhos ou dos pais?
Em terceiro lugar, é preciso reconhecer a criança como um ser individual, com os seus gostos e vontades. Não, não é o deixar fazer tudo mas aceitar que a criança é como é. É despir-nos de preconceitos e do que os outros vão pensar. Sim, as crianças têm esse poder de nos deixar embaraçados com uma birra no local e no momento mais impróprio, seja na sala de aula ou na fila do supermercado. Mas, se queremos acalmar a criança é com gritos ou ameaças de palmada? Nessa altura, ela já está descontrolada o suficiente! É preciso reconhecer e espelhar o que ela está a sentir e dar-lhe alternativas para se acalmar.
Não há crianças difíceis! Há sim adultos stressados!
Da próxima vez que se sentir desafiado por uma criança, experimente PARAR, RESPIRAR FUNDO 3 a 4 vezes, SENTIR O SEU CORPO (o coração está acelerado, o peito está apertado, tem um nó na garganta?) e PENSAR “O que eu quero transmitir ao meu filho/aluno?”. Depois, agache-se à altura da criança, ouça-a e acolha os seus sentimentos e emoções. Por vezes, a solução é bem mais simples do que parece!
A criança aprende a ouvir e a respeitar, quando se sente ouvida e respeitada. 
 
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    Magda Gabriel
    Psicóloga Clínica
    Terapeuta E.M.D.R.
    Programação Neurolinguística

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