A codependência emocional é a dificuldade em manter e nutrir relacionamentos saudáveis, quer consigo próprio, quer com os outros.
Na maioria dos casos, as pessoas codependentes vêm de famílias disfuncionais, em que os seus membros por fragilidades emocionais, promoveram a dependência entre si. Na infância sentiram-se pouco amadas, aceites e seguras. O ambiente familiar era pouco harmonioso e as regras rígidas e, em alguns casos com violência física e emocional. Na idade adulta a pessoa codependente apresenta assim, uma baixa autoestima e, no fundo, crê que não é merecedora de confiança e de amor. Tem medo de ser abandonada ou de ficar só, dificuldade em confiar nos outros, mas uma grande necessidade de aprovação e reconhecimento. Pela sua insegurança, apoia-se muito mais nas decisões dos outros, do que na sua opinião. Existe uma verdadeira dificuldade em dizer não, sacrificando-se a si e às suas necessidades em prol dos outros. Assim, tende a ajudar todas as pessoas e a esquecer-se de si própria, tendendo a cair em relações dolorosas ou até abusivas. Para sentirem que são amadas e que têm valor, as pessoas codependentes tendem a escolher alguém de quem possam cuidar ou até “salvar”. O problema da outra pessoa, passa a ser o seu foco e fá-la sentir-se melhor consigo mesma. Em muitos casos, a pessoa codependente é mãe/pai ou cônjuge e vive em função do(a) filho(a) ou cônjuge, que é dependente (seja essa dependência afetiva, química ou outra), responsabilizando-se pelo comportamento deste e desculpando-o. Ao longo do tempo, a pessoa codependente torna-se uma mártir na relação com a pessoa dependente, vai-se abandonando a si mesma, aos seus desejos, sonhos, necessidades, mas é incapaz de quebrar o ciclo devido ao seu medo de abandono e de ficar só. No fundo, o codependente evita os seus próprios sentimentos, a sua dor interna e é-lhe muito mais fácil centrar a sua vida nos problemas dos outros. Enquanto controla e cuida do comportamento do outro, fala e pensa menos em si, logo sente-se menos vulnerável. Contudo, o medo de ser julgado, rejeitado ou abandonado persiste. A baixa autoestima também e a longo prazo, a fatura a pagar é bastante alta. Ao abandonar os seus projetos, os seus sonhos é como se se abandonasse a si mesma e não raras as vezes, surgem quadros depressivos ou ansiosos. O que fazer? Em primeiro lugar, é preciso reconhecer que existe um problema que está a minar a sua vida. Depois, ao procurar um psicólogo ele irá ajudá-la(o) a resgatar a sua autoestima, a explorar o que a(o) levou à necessidade de controlar o outro, a entender o que são as suas necessidades e as dos outros de forma, a que possa estabelecer relacionamentos mais saudáveis no futuro.
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Magda Gabriel Arquivos
April 2020
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